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Bolsa de treinamento técnico TT-4A associada às atividades do projeto FAPESP 2022/04619-4 (Engenheiro Civil/Computação/Eletricista/Mecânico)


  • 08/09/2022, 16:00
  • Ricardo Marques Lourenço [CGAU]
A bolsa TT-4A é para candidatos graduados com no mínimo quatro anos de experiência em pesquisa ou experiência profissional após a graduação, em áreas relacionadas às engenharias mecánica/elétrica/civil/computação.



O candidato proposto teria uma dedicação de 40 horas semanais durante 24 meses e o valor da Bolsa a ser paga é R$ 5850.40 por mês. 



Projeto: “Melhorias no Transporte público entre os subúrbios e o centro das grandes aglomerações urbanas” - TRAMA





Projeto FAPESP 2022/04619-4. Coordenador: Prof. Dr. Pedro José Pérez-Martínez (Brazil, PI), Faculdade de Engenharia Civil Arquitetura e Urbanismo, Universidade de Campinas, Rua Saturnino de Brito, 224, Cidade Universitária Zeferino Vaz, CEP 13083-889, Campinas, Brazil; pjperez@unicamp.br





Resumo



As doenças relacionadas à qualidade do ar representam uma crise de saúde global e seus efeitos podem estar associados a fatores ambientais e socioeconômicos. As emissões atmosféricas relacionadas ao tráfego são um sério problema ambiental que afeta as mudanças climáticas e a qualidade do ar nas megacidades. Em São Paulo, Brasil, a mortalidade relacionada à qualidade do ar tem crescido nos últimos quarenta anos, assim como em outras megacidades e cerca de 88% da poluição do ar procede dos veículos. São Paulo é uma das maiores cidades do mundo com mais de 12 milhões de habitantes, uma frota de cerca de 8 milhões de veículos e alta concentração de poluentes. Como em muitas outras cidades do mundo, as desigualdades sociais são evidentes na cidade e há necessidade de promover infraestruturas de transporte público de massa. O transporte público tem um grande impacto na habitabilidade e sustentabilidade da cidade, melhorando a saúde e o bem-estar, e garantindo o acesso universal às terminais. Em São Paulo as classes mais humildes e as pessoas que vivem nas zonas periféricas são mais propensas a usar ônibus públicos, enquanto as classes ricas usam carros particulares e/ou infraestruturas centrais de alta capacidade como metrô. Muitos modelos e políticas de planejamento atuais no mundo ignoram o impacto potencial da exposição geral as emissões antrópicas e subestimam a exposição local, especialmente nos locais significativos como os pontos críticos de tráfego “hotspots”.





Locais com baixa qualidade do ar são impactados diariamente pelos veículos privados de alta emissão, afetando pessoas vulneráveis que vivem nas periferias e que trafegam essas regiões cada dia de caminho ao trabalho. Este projeto estudará a relação entre a mortalidade em São Paulo por doenças cardiorrespiratórias e sua relação com a densidade demográfica, com a renda familiar, com o uso do transporte público e com a poluição atmosférica no longo prazo (1980-2020). Serão analisadas as relações entre os passageiros-quilômetro, os tempos de deslocamento e as doenças. Estas doenças aumentam com a distância residencial do centro da cidade e, portanto, com a diminuição da densidade residencial. Pesquisas mostram que as concentrações de material particulado fino (MP2.5) estão positivamente correlacionadas com doenças relacionadas à má qualidade do ar. Esperase que regiões periféricas com altas densidades urbanas tenham maiores taxas de mortalidade e viagens frequentes de longa distância que podem contribuir para o desenvolvimento das doenças. Este projeto visa desenvolver um modelo econométrico para atividades veiculares e parâmetros socioeconômicos e demonstrar sua aplicabilidade nas aglomerações urbanas. Este modelo também permitirá identificar “hotspots” de poluição do ar com uma resolução espacial e temporal fina. Esta proposta pretende encontrar relações não lineares entre dados de mobilidade no transporte, parâmetros sócio demográficos e doenças cardiovasculares e respiratórias. São esperados grandes desvios em estudos regionais que dependam do aumento da poluição como um estimador linear do crescimento da doença com base nas relações de resposta à dose. Este trabalho fornecerá uma base para o estabelecimento de políticas sólidas de mudança climática em outras áreas, como saúde pública e planejamento urbano.





Palavras-chave: doenças relacionadas à má qualidade do ar; mobilidade urbana; indicadores sócio-demográficos; megacidades; redes urbanas; zonas de transporte e saúde; políticas publicas



Entrar em contato com o Prof. Pedro através do e-mail: pjperez@unicamp.br